domingo, 23 de agosto de 2009

Distorção

Em um instante tudo está a correr bem,
logo após, tudo despenca. Quebra-se com tanta facilidade
que chega ser espantoso, o cinza toma conta do ambiente
e espalha-se por dentro dos poros trancando-lhes a passagem de ar
e por poucos ou longos períodos vai sufocando e matando o pequeno e frágil
coração. Delycata está morrendo aos poucos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

.......

Delycata queria atingir a independecia, queria criar raizes profundas e seguras, se permitindo ao impulso de agir contrário ao desejo do outro. Ela tem um grande abismo borbulhante de enxofre dentro de si, ela esconde-se por entre um sorriso e outro, se tornou escrava da vontade alheia.
ela quer, ela corre, quer ser socorrida, mas ela espera esvair toda a cor que dava sentido a suas ações.



cont...

aconteceu...

Olhou o reflexo das duas conchas cor de mel e ali estático parou, percebeu que novamente poderia ver a beleza daquilo que a muito havia perdido, a luz incidia perfeitamente nos fios esvoaçados daquela árvore viçosa, era selvagem e encantadora, balançando-se de forma sincronizada e charmosa ao ritmo de uma música sensual. Nela poderia enxegar todas as cores da alegria, banhadas de firmeza e auto-conheciemento.


daquilo restou a lembrança e a incerteza...será que verei novamente tamanha beleza.


a dita cuja se chama natureza..

segunda-feira, 13 de julho de 2009

repetidamente...repetido

parte II


Delycata percebe que está pairando no universo incerto, ela tira por instantes a máscara que cobre seus olhos, mas logo após, a coloca novamente, delycata as vezes sabe e tem até certeza do que está fazendo.....

cont...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

momentos

I parte


subindo os degraus desajustados e imundos, ela corria, corria para completar o seu ciclo de todos os dias, parada na esquina avistou o futuro, parado ali, era escuro, vicioso, malicioso?, não! era ingênuo, quase infantil. Ela andou mais alguns passos e sentou-se, e por um instante se distraiu. Lá estava ela, outra vez fazendo o que há muito havia deixado para trás.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Delycata

E dois dias se passaram, deles realmente vividos, nenhum..
em constante flutuação a imaginação me levou a vários lugares,
as sensações se misturaram, e senti por entre os dedos as folhas secas
correrem de maneira aleatória, a paissagem se dava ao ceú azul refletindo
nas águas que batiam nas rochas, e lá d cima, avistava e sentia a liberdade
de maneira suave e inexplicavelmente bela. Logo após, correndo entre os bosques
e saltando por entre lesmas amarelas, tentei com todas as forças não me prender
à lama negra que chupava as minhas botinas. Nesse meio tempo, me passei por DELYCATA,
arranquei segredos e medos, dispertei interesse, raiva, alegria, tristeza
Atuei perfeitamente. Delycata, reviveu a infância, sentiu saudades, escutou a voz, apenas a voz...
e com a mais nitida cor, pôde ver os cabelos ao vento, seus e da saudade.
viu os olhos azuis, castanhos e cor de Mel. Abriu as portas das paredes internas, e observou
os milhares de defeitos que as separavam. Delycata estava sendo espreitada, sempre!

Delycata está à beira da loucura....

quarta-feira, 25 de março de 2009

É uma condição?

III

A tristeza mais uma vez está
entrando no território da minha alma
Eu tenho andado tão sozinha
e o tempo anda parado.
luta,luta,luta...

I
caminhando pelas ruas tortas
agarrada ao destino
risos temporários
delirantes e hilários
troca de ideias
segredos e intenções
desbafos e trocas
visitas constantes
videos emocionantes
declarações insinuantes

II

entrega ao desconhecido
rejeições
adaptações
preocupações
libertação
aconchego
rocha
tudo, tudo, tudo..

Eu ainda não sei...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Imo


A madrugada foi de vigília,

regada de sons em perfeita sincronia

e em delírios tortuosos que multilavam

as várias faces do inimigo íntimo.

passadas horas estreitas com o desespero

subindo e descendo as escadas da minha imaginação

tomava um gota do aroma para sentir a segurança

a busca era pela compreensão.


conversas paralelas, eram as outras vozes ..

cochichos, gritos, berros, todos querendo atenção ao mesmo tempo

estava atacando simultaneamente meus sentidos

feixes de luzes, eu estava dentro de uma caixa

presa, amarrada, sem movimentos.


a tranformação está acontecendo

tempo ao tempo

tempo ao tempo

tempo ao tempo...


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Confusão

Minha cabeça está sendo atacada, pensamentos malignos que me deixam doente
é uma tortura sem fim, penso em sumir, penso em matar, penso em morrer. Queria pegar a condução que me levasse para longe, longe de todos. E finalmente esvaziar minha mente, enxergar o novo, esquecer todo o passado. Está tudo errado, tudo está pelo meio do caminho, e eu me afundando nessa bosta de pensamentos que me pertubam. Eu quero uma única verdade, mas como? se o meu abismo é mais profundo? é a poça de lama mais suja, é uma batalha constante pelo equilibrio. Não sei se vai durar muito tempo, eu com os poucos recursos estou lutando. Estou falando de um todo, eu quero respirar, respirar, respirar..Dormir..

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tristeza

Foi o que senti naquele instante, talvez frações de segundos.
dava para avistar o abismo profundo olhando em meus olhos,
que por sua vez, transbordava de dor
sensação abstrata que se materializou naquele instante

Ouvia-se das escadas palavras desencontradas
a ríspida pluma estava anunciada
era ela a causadora desordenada
com a voz tremula e dissimulada


*
Com golpes "ela"

me suavizava
me abrandava
me acalmava
me amansava
me domesticava

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Inalterado ser...

Quem sou eu? quem é você?
Nada é o que parece ser!
Um ponto final ou uma vírgula.
um amor descuidado,
um vaso quebrado,
uma folha amassada,
Você é o que eu posso ver!
Nada é o que parece ser!
Pra você, desculpas apresentadas.
Pra mim, respostas desencontradas.
Pra você, uma atitude racional.
Par mim, uma loucura irreal.
Eu sou o que deixo perceber!
Nada é o que parece ser!
Que disfarça o meu eu em frangalhos
Encoberta por uma poça de lama,
Espatifada em várioas pedaços
A intrépida boneca de porcelana
Nada é o que diz ser você!
Nada é o que parece ser!
Do meu jardim abandonado no tédio
a solidão se encontra no canteiro
E do olhar que disfarça o mistério
aquilo tudo torna-se etéreo

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Você.

'' É as minhas manhãs e o meu entardecer
É quem eu escolhi para plantar e colher
Que vida teria se não tivesse você?''

És valorozo para mim
Amo-o sem ter medo de viver e sem ter medo do depois
A ti, me entreguei por inteiro, aceitando diferenças
E por ti lutarei, lutarei por esse amor
Não quero que minhas palavras expressem apenas opiniões,
mas sim, quero expressar por gestos e atitudes.
Quero te compreender, te conhecer e te respeitar

Essa árvore irá dar bons frutos, se for cuidada.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Imaginário mundo

folhas secas ao vento, circulando tão suavimente pelo ar, elas têm a cor desbotada, mas ainda sim são belas. É uma beleza morta, pois, percebo tristeza e solidão.
O vento sopra, sopra, e leva embora a folha seca.

cont...

palavras sufocadas..


Como é saber que alguém o ama?

E como é saber desse amor?

Eu tenho todo um amor, hoje.

Mas já não faz diferença



Busco compaixão da imaturidade

Tal, sente prazer de dar dor sem dó

Alimento-me desse amor, será ele inexistente?

Ouço palavras ásperas e rudes, elas chegam a doer



Maravilha é lembrar dos etérios momentos

O que talvez era insólito

Sinto muito, ter e não ter



Sinto medo por sem querer ter desencadeado

essa tempestade no meu coração

pois sabes que busco um amor de volta

lutarei até quando puder

quando houver força no meu coração



Que hoje, e inclusive agora já sangre

mas esperarei esvair toda a sua cor

até que eu já possa cair no mar.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

P&B...


Ao ouvir tua voz eu me perdi por um segundo...

ouvi você dizer: lembras do revelar? lembras da chuva? lembras das manhãs?


A frase:

Amo-te com o alento os sorrisos e as lágrimas da vida inteira!( Elizabeth Browning)


E gaguejando eu quis dizer que aquele olhar continua paralisado e apavorado de advinhar-se possivelmente feliz e por descobrir-se em profundidade e espanto no poço do outro, no fundo do qual morava uma certeza nunca antes confirmada.



[II]


Era o preto e o branco, distintos e com mesma intensidade, fortes e imprevisíveis.


[I]

E naquele instante o mais triste vento passou, senti um suspiro! bem sei que fostes tu que me enviou.

O que queres tu?

Que tenpestade de alma queres desencadear?

Bem sei das tuas necessidades, mas nunca vi o tempo retrosceder.


[II]

O preto e o branco,a água e o fogo.


Naquele instante nada senti, nada vivi, nada guardei.


Esse medo nunca sentirei....


sábado, 7 de fevereiro de 2009

Memória



Deitada sobre o asfalto me pego em delírio, entre um flash e outro com papéis na mão corro em direção ao nada, perdi mnhas memórias! enxergo de maneira horizontal e vertical e tudo começa a girar. Com as mãos na cabeça e andando pra trás me sinto perdida. Eu quero parar, mas aquela batida me movimenta em circulos, parece suave e ao mesmo tempo áspero. É traiçoeiro as suas intenções e há um feixe de luz querendo espantar a fumaça, mas tudo permanece verde claro e verde escuro. Perdi minhas memórias.








Não dá pra resgatar, as batidas já se foram de mim...